Da forma como dança a lua, eles se iluminaram
para serem vistos pelas estrelas. Moveram-se de um lado a outro, eram três. E
como não se conhecessem, cada um olhava para um lado e seguia ao próprio ritmo.
As árvores de repente resolveram balançar e foi como se o Vento tivesse chegado
cantando, diante do barulho que fez-se já.
Ele
dançou com todos, fazendo as folhas caírem de tanto amor e a noite se apaixonar
pelo seu toque de arrepios. Mas foi por ela que ele se encantou. Com as brisas
ora fortes e fracas, fez com que o corpo dela tivesse a sensação de ser levado
por um homem. Nesse momento, ela preferiu fechar os olhos e imaginar-se em um
quarto escuro. Amou ao Vento, movimentando-se em um jogo de entrega, enquanto o
próprio conduzia o ritmo. E no dia seguinte, aninhou-se ao edredom, enquanto se
lembrava da música.
Pois
foi como se os três de repente se unissem novamente, em uma partilha de risos e
companhia. E o Vento? Bem, esse ficou olhando de longe, até ir-se embora para
conhecer outra e outro. Porque assim como eles, também adorava o ritmo do
estar. E eles estavam, naquele instante, num permanecer da mágica que se
concebe quando o viver de um minuto já vira saudade no seguinte. E quando o
conversar desprendido se revela em momentos do conhecer sublime.
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