Você chega em um bar. Pensa que
estará tudo bem. A música. A companhia. O ambiente. A maneira como a luz brinca
com os seus olhos.
Realidade? Sonho? Você sonhou tanto, por quanto tempo,
que já nem sabe. Pede uma bebida. Não adiantará. Fica bêbada de espírito, de
alma. Fica ruim por já estar. Intensifica-se. O sentimento, a vontade, a
ausência. Aumenta essa falta de tanta coisa, essa maneira de querer se feliz.
Você gosta do sentimento. Gosta da noite, porque sabe que fechará os olhos.
Cadê a cama? Está sentada nela. Pensando...
Em quê? A culpa não é sua. Então fica abraçada com o urso. Qual é mesmo o nome?
Nem precisa de identidade.
Você é feita de matéria, de átomos
que se juntam para formar...
Eles se integram, se fundem. E
quando você vê: Não vê mais. Eles decidem. Você decide.
Fecha os olhos. Eles formarão coisas
bonitas. Acredite. O sonho pode não ser seu, mas pode ser melhor. Acredite.
Alguém sonhou por você.
Embarque.
Cadê a vontade?
Você a verá ao longe. Só durma: o
amanhã chegará.
0 comentários:
Postar um comentário