15 de março de 2012

Luar sem sol

Gatinho engatinha, pequeno animal
E o lindo menino já vai ao encontro
O gato só foge, lá pro meu quintal

Cadê o menino?
Perdido ficou
O gato deixou e a natureza caiu


Lá da janela só vejo o quintal
Os lírios morreram.
A vida mudou

O verde cobre o doce menino
Mas chora por dentro
Cadê os lírios embelezando seu firmamento?

Um pranto sem lágrimas
As folhas caindo
E o moço só vê tudo sumindo

Além do quintal a mata se une
A água foge, e chora
Um pranto que consume

Cadê o gatinho?
Ninguém mais o viu
O pequeno só partiu

Mas cadê o leão, as cobras e macacos?
Cadê o moço da sombra da árvore?
Está tudo um desastre. Só restam cacos.

Além do azul, existe um luar
Que ilumina, tenta encontrar
Mas o que?

O que falta?
Meu deus, a dúvida mata.
Mata mais do que a própria mata

Mortos-vivos
Humanos são mais do que máquinas
Que matam

Piores do que armas letais
A cegueira apossasse-se e consome
O instinto dos bestas animais

Cadê o menino?
O gato não viu.
Todo mundo partiu.

Só vejo as máquinas
O cinza se agarra
Cadê o luar?

O menino não viu
Lá da janela o sol partiu
Não houve lua, não houve luar

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