12 de setembro de 2010

Ela, somente

Ela fez milagres com suas próprias mãos. Religiosa, isso era. Humilde, até demais. Podia não ser lá a pessoa mais agradável do mundo, mas na realidade era dotada das mais diversas qualidades. Se pudéssemos numerá-las, seria difícil, mas na tentativa, aqui vão algumas: Esforço, talento, amor, coragem, garra, força e fé. É bem provável que houvesse mais, mas na dúvida fiquemos com essas.
Foram com essas qualidades que conseguiu multiplicar o que antes era pouco. Foram com essas qualidades que conseguiu criar uma família de forma admirável.
Antes havia pouco, luxo não fazia parte de sua vida. Era difícil conseguir dinheiro para a mais simples coisa, como uma boneca para a filha. Apesar de tais dificuldades, os obstáculos foram pouco a pouco vencidos e no fim havia muito. O luxo ainda não estava presente, mas não era necessário. Tudo o que tinham já era mais do que suficiente.
Por fim conseguiu até um bônus ao deixar o mundo. Uniu a família que antes era desunida. Conseguiu então, além do milagre da multiplicação, o milagre da união. De quebra conseguiu ensinar aos netos o valor do trabalho.
Pode parecer superficial esse mini conto, mas detalhes não são importantes. O que é preciso entender mesmo é o valor daquela mulher extraordinária. Mulher a qual conseguiu deixar marcas fortes após ir embora. Mulher que conseguiu o que parecia impossível.
Mulher que conseguiu o que poucos conseguiram ou conseguirão.

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