15 de abril de 2010

Amor de mãe

Detestou-a por aquele momento como jamais havia detestado alguém. O ódio se apoderou de seu corpo de tal forma que teve que se controlar para não lhe dar todos os golpes que aprendera nas aulas de artes marciais. Respira fundo, respira fundo... Tentou focar-se no fato de ela ser sua mãe, mas ainda assim a negação batia em sua cabeça tornando tal fato praticamente invisível diante de todos os outros.
— Como assim não deixa?
Perguntou pela segunda vez, pressionando seus ouvidos a escutar qualquer outra coisa que não fosse aquela negação. Não, não, não... Aquele “não” não podia ser real.
— Não deixo, oras! Além de sem juízo ficou surdo? Não adianta insistir, não vou deixar.
A frase soou tão decisiva que ele não insistiria se não fosse tão importante. Precisava daquilo. A idéia de não o ter estava fora de qualquer hipótese. Tentou insistir mais enquanto ignorava o aviso da mãe. No entanto, assim como ela dissera, não cedeu. O motivo? Amor de mãe. Porém, o garoto se recusava a pensar em tal hipótese. Concluía por si próprio que era pura maldade.

1 comentários:

beatriz albarez disse...

é complicado, a bea aqui tem experiência, com o pai haha.

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