5 de janeiro de 2010

Loucuras do imaginar

E lá se ia a última fagulha de sanidade do homem. Entregar-se ao imaginar. Parece um pouco estranho definir o fim da sanidade como ser entregue a um mundo imaginário, mas é exatamente isso. Vejamos por exemplo pelas drogas. A pessoa se vê em um mundo que não existe e por algum tempo fica louco. O louco entrega-se a uma droga eterna gerada por si mesmo. E apesar de aparentar ser uma droga leve para o homem, ainda assim era perigosa, já que era viciante.

Ele havia desistido de viver da forma normal, preferiu inventar uma realidade própria. Inventara amigos que não o decepcionavam e inventara uma mulher ideal. Acabara se tornando um louco aos olhos de outros, já que suas ações acabaram se refletindo no mundo real.

Ele conversava com o que o mundo julgava ser o nada, mas que ele julgava ser seus amigos. Abraçava o que o mundo pensava ser o vento, mas na realidade era a sua namorada. E assim ia... Para ele tudo era real, e apesar de os risos e olhares alheios denunciarem essa realidade duvidosa, ele apenas ignorava. Porque o mundo real tornara-se imaginário e o imaginário real.

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