1 de dezembro de 2009

Desejo proibido

A menina o abraçou ciente de que o que fazia era proibido e esse conhecimento era revelado no lugar onde se encontravam. Estavam em uma praça deserta, longe de qualquer civilização. Ela havia levado-o até o lugar de forma rude e ansiosa, sem deixar que este tivesse alguma escolha. Apenas queria poder falar com ele, fazer com ele o que sempre quis. No entanto, durante o dia ou em algum lugar conhecido, seu desejo era impossível de ser realizado e até mesmo ali a ideia parecia abominável. Mas precisava fazer aquilo pelo menos uma vez.

— O que foi, Lizzah? — Tony perguntou enquanto colocava o dedo indicador sob o queixo da garota e o inclinava em sua direção — Qual o problema?

Como ele conseguia ser tão perfeito? Durante sua vida toda havia ansiado por seus lábios e vira-o navegar pelos braços de diversas garotas com um aperto intenso no coração. Aguentara por muito tempo, mas agora que o mar mudara para sua melhor amiga já não podia mais suportar. Por que Cibelle e não ela? O que sua amiga tinha que ela não?

— Tony! — Lizzah respondeu em uma exclamação sem explicação alguma. Abraçava-o de forma segura, como se estivesse segurando algo que não perderia por nada. E de fato não perderia, pelo menos não naquele momento — Você faria uma coisa por mim?

Tony a olhou assustado. Mas era óbvio que faria algo por Lizzah, afinal, esta era sua melhor amiga e faria tudo por seus amigos.

Claro — respondeu sem hesitar — O que?

Lizzah se afastou do peito do jovem e o olhou nos olhos, sem se preocupar com as lágrimas que escorriam por sua face e lhe davam um ar infantil.

Beije-me — disse sem pensar — È só o que eu peço. Um beijo.

E ele apenas a olhou sem entender, mas não precisou falar nada, já que seus lábios foram envolvidos pelos dela em um beijo urgente. Tony apenas correspondeu, vindo-se obrigado a isso, já que era o desejo da amiga. Ou talvez o seu próprio.

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