20 de outubro de 2009

Ah, o amor

Ah, o amor. Tão recíproco em alguns pontos, tão cheio de qualidades... e de defeitos. Stefan respirou fundo enquanto olhava para o teto negro à sua frente. A luz entrava da janela, mas não era o suficiente para iluminar o quarto inteiro. E Stefan nem queria a luz. Não queria nada. Se dependesse somente dele, ficaria ali naquele quarto durante a vida inteira sem precisar sair. Pensara em se matar, mas do que adiantaria? Talvez nem esse ato aliviasse a sua dor. A eternidade poderia ser ainda pior. Pensou nos últimos ocorridos de forma involuntária, embora tentasse bloquear sua mente para qualquer pensamento desse tipo. Fora... tão trágico. Vê-la nos braços de outro de forma tão voluntária e de forma tão entregue... Não havia coisa pior. Suspirou e fechou os olhos, incapaz de abri-los e deixou que a desgraça pouco a pouco invadisse todo o seu íntimo para nunca mais sair.

0 comentários:

Postar um comentário