4 de abril de 2013

Da varanda

Da varanda, o balanço se movia de um lado ao outro com o vento que vinha de muito longe. Perto, plantas já viravam árvores, por serem tão grandes assim. E imenso, o matagal que rodeava aquela pequena casa insistia em crescer mais. A velha, bem, ela se sentava ali, naquela cadeira, enquanto tinha vislumbres do sol. A estrela nascia e se punha; a idosa continuava ali. Nem reparava nas ervas daninhas surgindo ou nos insetos invasores. Ela só achava que, depois de tantas noites e dias, alguém finalmente apareceria para lhe buscar. Os chinelos gastos, então, moviam-se apenas para pegar um pouco mais de café. E quando o efeito da cafeína passava, ela dormia mesmo era por ali, sob o balanço do sol. Quem sabe um dia ela sairia voando nessa cadeira para perto de alguém...

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