17 de agosto de 2012

Sorrisos Plásticos


Eu preciso de um poema sério
Desses recitados
Na fala, no gesto
Em um quarto vazio
Escuro
Música enérgica 

Uma batida agressiva
Os olhos vermelhos
Das lágrimas
Das drogas
Ninguém sabe do quê

Esse poema vai falar de sorrisos
Em meio à tristeza
Dos falsos
Os plásticos
Os difíceis

Aqueles que damos
Entregamos aos outros
Os que escondem a verdade

E quando os tiramos
Por uma eventualidade qualquer
As pessoas cobram
Os malditos sorrisos plásticos
E aí a gente ri
Fala que está tudo bem

Mas não está

E que venha a música
O quarto escuro
Os olhos vermelhos

Lá no aposento escondido

Porque temos mesmo

É que dar os malditos sorrisos plásticos
E seguir em fila
A Ditadura da Felicidade

1 comentários:

Postar um comentário