Um diálogo sem nome

- E quais são suas intenções?
- Preciso tê-las?
- Ninguém fala com alguém em uma festa sem tê-las.
- Pois bem, posso dizer que não me encaixo na categoria.
- Não faz sentido.
- Muitas coisas não fazem sentido...
- Você é muito misterioso.
- As pessoas costumam falar isso de mim.
- Sente-se orgulhoso?
- Por ser misterioso ou por as pessoas acharem isso de mim?
- Então você admite ser misterioso?
- Na verdade não.
- ...
- Meus objetivos estão estampados na minha cara agora, não vê? Não há mistério algum.
- Então você tem intenções?
- Objetivos, na verdade.
- E qual seria a diferença?
- Apenas denominação.
E naquele momento ele tentou beijá-la. Ela, porém, desviou-se. O conceito da garota passou de misterioso passou então para aproveitador. Na mente dele, porém, o único conceito que havia era o de apaixonado e este permaneceu do início até o fim, se é que houve um fim.