15 de agosto de 2010

A música

O silêncio daquela música era extremamente convidativo. As teclas do piano eram apertadas em intervalos regulares e breves. O silêncio fazia toda a diferença e não o som em si. Era essa a mágica daquela música. O som do D maior só fazia com que a música fosse pontuada, enfeitada.
Era a mágica que o pianista conseguia fazer diante da multidão. As lágrimas escorriam no rosto de alguns espectadores, embora não houvesse nenhum tipo de cena triste acontecendo ou até mesmo feliz.
Toda a vista que a platéia tinha era a de um piano e a de um pianista. A luz não muito forte encontrava sobre os dois e a música era a única coisa que ressoava em todo o ambiente.
Naquele momento, a esperança voltava no coração de cada um dos presentes, a felicidade despertava-se de forma milagrosa e o impossível tinha, de repente, uma possibilidade de acontecer.
O pianista apenas continuava a tocar, insensível à platéia que encontrava-se o assistindo. Sensível apenas à música que ele mesmo criara. Uma música que conseguia emocionar até mesmo ao criador.

3 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
André Ferreira Machado disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
André Ferreira Machado disse...

Caramba ótimo feeling, bom seria se todas as pessoas personificassem a música dentro de si... talvez não teriamos tanto lixo por ai ... para realmente a música ser tratada como se deve... assim como você escreveu... Parabéns!!!

Visita o meu blog tbm http://reflexodoseuespelho.blogspot.com/ e dê sua opinião sobre diversos assuntos... quem sabe você não ache o "reflexo do seu espelho"...

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