O silêncio daquela música era extremamente convidativo. As teclas do piano eram apertadas em intervalos regulares e breves. O silêncio fazia toda a diferença e não o som em si. Era essa a mágica daquela música. O som do D maior só fazia com que a música fosse pontuada, enfeitada.
Era a mágica que o pianista conseguia fazer diante da multidão. As lágrimas escorriam no rosto de alguns espectadores, embora não houvesse nenhum tipo de cena triste acontecendo ou até mesmo feliz.
Toda a vista que a platéia tinha era a de um piano e a de um pianista. A luz não muito forte encontrava sobre os dois e a música era a única coisa que ressoava em todo o ambiente.
Naquele momento, a esperança voltava no coração de cada um dos presentes, a felicidade despertava-se de forma milagrosa e o impossível tinha, de repente, uma possibilidade de acontecer.
O pianista apenas continuava a tocar, insensível à platéia que encontrava-se o assistindo. Sensível apenas à música que ele mesmo criara. Uma música que conseguia emocionar até mesmo ao criador.
15 de agosto de 2010
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3 comentários:
Caramba ótimo feeling, bom seria se todas as pessoas personificassem a música dentro de si... talvez não teriamos tanto lixo por ai ... para realmente a música ser tratada como se deve... assim como você escreveu... Parabéns!!!
Visita o meu blog tbm http://reflexodoseuespelho.blogspot.com/ e dê sua opinião sobre diversos assuntos... quem sabe você não ache o "reflexo do seu espelho"...
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