25 de março de 2010

Amar de coração

— Amo-te com meu coração.

Disse isso, mas a garota não entendeu. Demonstrando tal desentendimento, encarou-o sem nada dizer enquanto protelava sobre o significado daquilo.

— O coração não é como o cérebro — explicou — Não há raciocínio, não há milhares de respostas para uma pergunta. È um órgão simples, mas ainda assim sincero. Não há mistério, apenas a verdade.

Pegou-a pela mão e a olhou nos olhos. Ela reparou que os olhos dele eram pretos com um certo tom de esverdeado, coisa que nunca havia notado. No entanto, tal descoberta nem mereceu muita atenção, já que ele logo continuava.

— Amo você assim... Não penso a respeito, apenas amo. E quero apenas seu bem, quero você feliz. É isso o que o coração faz. Não há egoísmo, apenas o algo de bom, a sinceridade, a verdade.

A menina se surpreendeu, incerta do que deveria fazer. Tal frase a pegara desprevenida. Mas era isso o que era amar com o coração... Tomar atitudes nada usuais, mas ainda assim triunfais.

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