7 de janeiro de 2010

Ataque



O tigre andava de um jeito majestoso, olhando para o novo visitante de um modo desafiador. Não atacava para fazer maldades, mas sim porque se sentia ameaçado ou precisava de algo para comer. Ali estava um exemplo perfeito de algumas daquelas situações. O homem era diferente de tudo o que vira, nem mesmo os macacos, os únicos bixos que andavam sobre duas patas eram iguais.

Ele era um desconhecido, um completo desconhecido. E o tigre tinha ciência daquilo, já que o olhava de um jeito cuidadoso e intimidador. Era cauteloso, porque precisava ser. Fazia parte do instinto, afinal.

Gatinho, sou do bem, sou do bem.

O homem balançou os braços como se fosse atacar! Pelo menos era essa a concepção do tigre que não sabia o que era um gesto de paz. Não era crueldade, apenas intinto. Não era maldade, apenas um ato de sobrevivência. Não era humano, já que não era consciente.

Ele avançou como um verdadeiro guerreiro, sorrateiro e preciso. Primeiro circulou ao redor do inimigo e quando encontrou o momento certo, atacou. Não era caça, apenas um gesto de proteção. Mas uma carne para seus filhos viria a calhar, por mais que não estivesse muito interessado nos lucros como um humano estaria.

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