24 de dezembro de 2009

Magnetismo

Os olhos se grudavam de uma forma viciante, como se houvesse um magnetismo envolvido naquele fitar descontrolado. E de fato havia, mas não o magnetismo existente entre dois imãs ou entre um imã e um metal. Era o do amor, a mais poderosa de todas as atrações, a mais viciante e a mais... A única que tinha a possibilidade de fazer alguém sofrer.

Mas fazer o que. É forte em alguns quesitos, mas também em outros. Entre dois imãs não há o sentimento, não há a atração causada pelo cérebro, pelas ideias. Há somente a coisa física, provocada pelos mistérios da natureza já desvendados pelo homem. Já no amor... Ah, o amor... Havia algo mais, algo mágico. Algo presenciado apenas pelos humanos, os únicos dignos de tal alegria e de tais decepções.

E a dança conseguia manter-se no mesmo ritmo quente do olhar. Ambos tinham vontade de abandonar todo aquele ritual de apresentação e ir logo para os tão sonhados finalmentes. Mas desta forma não haveria mágica. Haveria apenas o fator comum do século XXI, a tão famosa conquista sem nenhuma dificuldade, apenas com a tão comum facilidade.

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