18 de outubro de 2010

Distância dos amantes

A distância talvez seja o pior castigo para os amantes. Não há coisa pior do que saber que o amor existe, porém está longe. Cria uma expectativa inocente e ao mesmo tempo pura. É como se a esperança fosse infinita e o amor em si, mais do que isso.

Afinal, quem poderia segurar anos e anos de espera, tendo como pensamento principal a outra pessoa? Tendo como guia titular e único, a cara metade?

Posso dizer, sem medo, que o amor verdadeiro corre aí. Não é aquele que descrevem nos romances, onde tudo é fácil e simples. É na dificuldade que ele aparece. Por quê? Ora, é fácil. É na dificuldade que é mais fácil abandonar e ser abandonado, é na dificuldade que os mais profundos sentimentos são descobertos. Por isso, é admirável o fato de certos amantes conseguirem aguentar a incerteza de ficarem juntos. Admiro-me com isso, sabia?

Para um amante não existe coisa melhor do que estar com a outra pessoa. Para um amante, não existe coisa mais importante do que segurar a mão, abraçar e beijar a cara metade. O amor, para muitos, segura-se aí, nessa troca de carinhos constante.

Em outros casos, no entanto, o amor segura-se na promessa do segurar de mãos, na promessa do abraçar e do beijar. Existe apenas isso, promessa e a incerteza mais que completa. Como agüentar, então, tal complexa situação?

Nesse caso é o amor verdadeiro. Aquele que tanto procurei e que tanto tirei minhas conclusões. Acho que agora que o encontrei, vou procurar uma donzela distante, uma que possa amar a distância sem mais. Na certeza de que um dia irei reencontrá-la, embora para outros, a incerteza se faz presente.

1 comentários:

Yon disse...

Gostei do texto e do blog. Estou seguindo e voltarei para ler mais !!
Abraços...

http://yon-sopalavras.blogspot.com/

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