2 de fevereiro de 2010

Terror de entretenimento

Ele era um garoto cético, que se recusava a acreditar em qualquer fantasia. O meu favorito se quer saber. É esse o tipo de pessoa com o qual me divirto das maneiras mais sombrias possíveis. Realizo as mais famosas torturas do mundo das trevas, não as físicas, mas mentais. Não há coisa que encante mais aos monstros do que mexer com o tão interessante cérebro humano.

E foi isso o que eu fiz.

Primeiramente, devemos mexer com os traumas de infância. O garoto havia tornado-se cético devido aos muitos sustos que levou de seus primos e irmãos. Eu repetiria os sustos e depois... Ah, depois de toda uma noite de terror vem a chantagem. Não há o que mais me agrade do que ter um humano escravizado pelo medo.

É simplesmente delicioso observá-lo ao iniciar da noite, com medo de dormir, porque acredita que eu irei aparecer.

Algumas vezes até apareço, mas não é sempre. Prefiro apenas observar durante um bom tempo de debaixo da cama e em algum belo dia aparecer. Uma vez ou outra, sem dia correto, e é justamente essa incerteza que causa o terror.

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