11 de dezembro de 2009

Euforia

E o menino nadava com uma vontade inegável. Era jovem em muitos aspectos, mas lá estava ele, sendo assistido por boa parte do mundo. Não somente naquele ambiente, mas também em rede mundial. Havia tudo naquele momento: A velocidade, a vontade de vencer, o medo de desapontar sua nação... Mas tentava se concentrar em apenas um aspecto: Vencer.

E aparentemente estava conseguindo.

Não estava muito longe dos outros concorrentes e não tinha lá muito interesse em checar sua vantagem, afinal, qualquer deslize poderia ser fatal. Tudo o que fazia era nadar, nadar e nadar... Os gritos que o incentivavam pareciam de outra dimensão e mal faziam parte daquele seu momento. Tudo o que estava fazendo era o que treinara sete horas por dia durante cinco anos. No frio, no calor e em todas as estações. E teria que dar certo.

E deu. Bateu a mão na outra extremidade da piscina e ao tirar seus óculos e se inteirar no que estava acontecendo fora de seu mundo particular percebeu que o grito de vitória era seu. E aí vinha a tão famosa euforia após vários e vários dias lutando pelo que a pessoa quer.

A mesma euforia partilhada por diversos atletas, diversos recém-empregados, diversos recém promovidos e diversos recém universitários. São as alegrias da vida... Aquelas que ao conquistarmos vemos que é por causa disso que vale a pena viver.

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